sexta-feira, 29 de junho de 2012

IBGE: com maior rendimento e instrução, espíritas crescem 65% no País em 10 anos
Número de pessoas que se declaram espíritas no Brasil passou de 2,3 milhões em 2000 para 3,8 milhões em 2010
Os resultados do Censo 2010 sobre as religiões seguidas pelos brasileiros, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos.
Segundo a pesquisa, os adeptos do espiritismo possuem as maiores proporções de pessoas com nível superior completo (31,5%) e taxa de alfabetização (98,6%), além das menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%).
O espiritismo também foi uma das religiões que apresentaram crescimento (65%) desde o Censo realizado em 2000: passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2% em 2010 (3,8 milhões).

AE
Chico Xavier foi um dos mais importantes divulgadores do espiritismo no Brasil.

O aumento mais expressivo entre os espíritas foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2% para 3,1% entre 2000 e 2010, um aumento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010). O Estado com maior proporção de espíritas era o Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%).
Também na posição mais alta quando se analisa rendimento, 19,7% dos espíritas se declararam no grupo das pessoas com rendimento acima de 5 salários mínimos.
O Censo 2010 mostrou também que no segmento populacional que se declarou espírita, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no conjunto da população.

terça-feira, 26 de junho de 2012

PRECE DIFERENTE

Senhor!
Eu desejo Te fazer uma rogativa diferente. Todos pedem pelos injustiçados, por aqueles que têm sede e fome de justiça. Eu Te peço pelos que cometem injustiças.
Todos rogam pelas vítimas das drogas. Eu Te rogo Senhor, por aqueles que distribuem as drogas e com isso enriquecem.
São criaturas infelizes que ajuntam fortunas à custa de vidas alheias, de lares destroçados. Logo mais, eles terão que responder perante a Lei Divina por toda a infelicidade que estão cultivando.
Muitos pedem pelos órfãos e pelas viúvas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que deixaram as crianças sem pai e as mulheres sem marido, porque todos os que espalham o mal, brevemente enfrentarão o julgamento da própria consciência.
Todos suplicam pelas mães que tiveram as vidas dos seus filhos ceifadas em plena juventude, pelo braço da violência assassina. Pelas mães que choram a ausência dos filhos que eram toda a sua alegria.
Mas eu Senhor, Te peço pelos corações das mães que têm seus filhos encerrados nas prisões. Por aquelas que os receberam nos braços, os amamentaram e teceram mil sonhos de ventura e os viram todos destroçados.
Te peço Senhor, pelas mães que sofrem por ouvirem muitos chamarem seus filhos de bandidos, de criminosos, de homens sem alma.
Muitos suplicam pelos que padecem fome. Eu Te suplico por aqueles que a provocam. Por aqueles que, tendo abarrotados os celeiros, mantêm as portas fechadas, esperando que o preço suba, que o mercado fique melhor para poderem ganhar maiores somas em dinheiro.
Todos pedem em favor dos que não têm acesso aos medicamentos, aos hospitais, a exames e a um tratamento digno.
Eu Te rogo por todos aqueles que fazem das suas possibilidades de servir ao semelhante uma oportunidade de conseguir ainda mais moedas para acrescentar nas suas contas bancárias.
Muitos estendem súplicas aos céus pelos idosos abandonados que vivem nos asilos, nas ruas, nas clínicas.
Eu Te suplico por aqueles que os abandonaram porque um dia colherão a exata medida do que estão semeando na atualidade.
Enfim, Senhor, enquanto todos rogam pelos infelizes e desgraçados, eu Te rogo por aqueles que sorriem mas apresentam o coração em chaga viva, por aqueles que parecem ser vencedores no mundo, mas que trazem na intimidade a mensagem da frustração, do desamor e da solidão.
Eu Te peço Senhor, por todos os que se encontram no momento da semeadura infeliz porque, na época da colheita, sofrerão imensamente por todos os espinhos que terão de colher.

*   *   *
O primeiro ato que deveria assinalar o dia do cristão é a prece.
Não existe uma fórmula especial para orar. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.
A qualidade principal da prece é ser clara, simples, sem frases inúteis.
Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma.
Orar por si mesmo é necessidade da criatura. Orar pelos que persistem no erro, é exercício de amor ao semelhante.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap.
XXVIII, item 1, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 18.06.2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Educando devidamente

O sumiço de DEUS

        Ouvimos a história de alguém que aprecia contá-las ao sabor da própria memória e de suas próprias adições.

        Eram dois garotos levados. Dois irmãos “do barulho”. Tudo que acontecia em termos de confusão, na pequena cidade, envolvia os pirralhos.

        A mãe, mulher honesta, de bons costumes, se preocupava com o que viriam a ser seus dois rebentos.

        Por isso, procurou o pastor da igreja que freqüentava, pedindo ajuda.

        O que fazer se os filhos não lhe ouviam os conselhos? Que tática poderia ela utilizar para fazer com que os filhos deixassem de ser tão travessos?

        O pastor era um homem alto, encorpado, de voz forte. Disse àquela mãe que mandasse os garotos falarem com ele, separadamente.

        Primeiro, o mais novo.

        E lá foi o menino. O pastor o levou a uma sala, fê-lo sentar-se em uma cadeira e, dedo em riste, foi logo falando alto:

        Menino, então, me diga, onde está Deus?

        O garoto se encolheu, esbugalhou os olhos, escancarou a boca e ficou olhando o homenzarrão à sua frente, que continuava a perguntar:

        Diga: onde está Deus?

        As mãos do pequeno ficaram trêmulas. E continuou mudo, o pavor tomando-o por inteiro.

        E, porque a pergunta se tornasse insistente, ele se levantou e fugiu em desabalada correria.

        Foi para casa e se escondeu no armário do quarto. O irmão mais velho o encontrou, pálido e agitado.

        O que aconteceu, mano?

        E o garoto, ainda sem fôlego, gaguejou:

        Mano! Desta vez estamos perdidos. Deus sumiu! E o pastor está dizendo que fomos nós!

        O fato, com certeza, nos motiva o riso. Contudo nos dá a tônica de como nós, na qualidade de educadores, ainda andamos longe do ideal.

        Quantos de nós não agimos assim? Fazemos perguntas, acusamos nossos filhos, nossos alunos, sem que eles possam entender exatamente o que está acontecendo. O porquê daquelas afirmações e indagações.

        É por isso, entre outras questões, que nossa educação não alcança os objetivos que desejamos.

        Porque não nos fazemos entender. Não dizemos exatamente o que se faz necessário.

        Ao tentar corrigir um erro, vamos pelas beiradas, quando deveríamos ir diretamente ao ponto.

        Indagar o porquê da atitude equivocada, se aquilo é correto, se é justo, se gostaria que com ele acontecesse o que fez ao outro, etc.

        Aí, sim, nosso falar seria como pregava Jesus: Sim, sim, não, não. Indo ao ponto, falando às claras, e, a partir disso levar a criança ou adolescente a pensar conosco.

        Ela precisa entender o que é que estamos cobrando, por que estará recebendo uma ou outra penalidade.

        Isso fará com que nossos educandos, sejam filhos ou alunos, ou sobrinhos, ou vizinhos, não nos temam. Mas nos entendam.
        Entendam nossas propostas educativas. Pensem a respeito e as assimilem.

        Com certeza, nenhum de nós deseja amedrontar quem quer que seja e, muito menos, criar complexos de culpa, sempre perniciosos, a almas em formação.

        Pensemos nisso!

                                                        * * *
        A tarefa da educação nos convida, de forma incessante, à revisão das nossas próprias atitudes e comportamentos, a fim de que sejamos os autênticos promotores da nossa educação.

        Por extensão, dos que estão conosco. Dos que nos observam todos os dias, nas mais diversas situações.